Monday, November 28, 2011

À frente do meu tempo

Quem me visita verá que, em pleno 2006, escrevi uma postagem, "Senhoritas: Nunca Mais", em que defendo o fim dessa forma de tratamento, por ultrapassada e discriminatória.

Anos antes de começar este blog, em 2001, eu já pensava assim: por que chamar a mulher de "senhorita", se o homem é sempre "senhor"? "Senhorita", semanticamente, corresponde ao diminutivo de "senhora". Logo, chamar a mulher de senhorita é discriminatório, por diminuir a mulher em função de seu estado civil ou idade presumível.

E essa divisão das mulheres em razão de seu estado civil, no final, acaba por discriminar as mulheres como um todo, porque não se classificam os homens entre senhores e senhoritos.

Quando eu explicava meu ponto-de-vista, a reação das pessoas era frequentemente debochada e desrespeitosa.

Agora, em 2011, a organização francesa Chiennes de Garde (Cadelas de Guarda) vem propor, na França, o fim da distinção entre dames e demoiselles nos documentos administrativos, utilizando os mesmos argumentos que eu.

Em 2006, também eu já alaertava para a escalada do autoritarismo repressor. Numa conversa com um colega, que me perguntou como eu votara num plebiscito, respondi-lhe, "votei não. Logo, vão querer proibir o cigarro, o desejo, o champanhe e o palavrão".

Um vampiro infeliz, adorado por um povo alienado, proibiu o cigarro até debaixo de um toldo ou de uma marquise. Só não foi além porque não pode proibir o fabrico e a comercialização de produto lícito em todo o território nacional,

O palavrão: moralistas desocupados querem proibi-lo também. A "Veja" já censurou os palavrões.

O desejo: Rafinha não pode dizer o que sente vontade de fazer à meia-luz com Wanessa, só porque a santinha tá grávida.

Em 2010, assim que soube o disparate que a Caveira falou sobre aleitamento - que deveria haver uma "lei internacional" que obrigasse as mães a amamentarem no seio - reagi neste blog, em postagem específica. Tem muita gente que ainda não se deu conta de que a Caveira, vulgo Frau Bundchen, é machista e inimiga das mulheres, de sua liberdade.

Já no final dos anos 90 eu denunciava publicamente a "ditadura da amamentação". Em 2002, a Revista da Folha de São Paulo publicou uma matéria - de capa - denominada "Patrulha do Peito", acerca do tema. Há pouco tempo atrás, uma inglesa, Hana Rosin, valeu-se da mesma expressão para referir-se ao discurso repressor que faz de um direito da mulher (amamentar) numa obrigação.

Já faz tempo que venho alertando, aqui no blog, para o perigo de retrocesso na qualidade de vida das pessoas em geral e das mulheres em particular, trazido por propostas de ecologistas. Quais propostas? O combate aos descartáveis, sobretudo. Querem eliminar absorventes descartáveis, fraldas descartáveis (quem é que troca o bebê?), embalagens descartáveis (quem é que limpa a casa?)
Ano passado, Elisabeth Badinter, em "Le Conflit...", apresentou as seguintes denúncias: contra a ditadura da amamentação e contra certas propostas do movimento ecológico.

Identificar problemas que ninguém enxerga ou quer enxergar, antes de uma maioria ou autoridade em alguma coisa, é estar à frente do tempo nesses assuntos. A proposta das Chiennes de Garde e O Conflito... da Badinter deram o que falar. E eu já vinha falando sobre os temas.


Tuesday, November 22, 2011

Etiqueta Republicana e Democrática

A etiqueta deve abolir as regras forjadas em privilégios antiquados.

E boas maneiras significam tratar todas as pessoas com o mesmo respeito, independente de sua "posição" social.

Coloco posição entre aspas porque tenho a plena convicção de que um deputado ou um ministro, por exemplo, não têm "posição" superior a de um operário, camponês, comerciário, funcionário.

Numa República, todos são cidadãos e têm o mesmo valor perante o Estado e a sociedade, que não lhes podem atribuir nenhum privilégio. Igualdade, esse é o coração da República, que não admite privilégios de nascimento nem títulos de nobreza.

A República não admite títulos de nobreza de nenhuma espécie.

Duque, marquês, conde, visconde, barão, cavalheiro, dama, nada disso tem o menor valor numa República; o Estado não reconhece nenhum efeito a essas denominações.
Logo, a sociedade de um Estado republicano também não deve reconhecer.
Há uma divertida história real, de uma mulher que, certa vez, separou-se de um homem que, em pleno Brasil do século XX ou XXI, jurava ter título de nobreza, não me lembro se conde ou barão. Não importa. Com a separação, o ex-marido proibiu-a de se apresentar como baronesa ou condessa. A mulher, que tinha senso de humor, atendia o telefone e dizia, aqui quem fala é a princesa.

Um resquício absurdo do espírito monárquico é a forma de tratamento "Excelência" para membros de Poder, Legislativo, Executivo, Judiciário (sobretudo Judiciário!). "Excelência" era a forma de tratamento dirigida aos nobres que não eram reis ("majestade") nem príncipes ("alteza"): duques, marqueses, condes, barões. Por isso, é incompreensível a sobrevivência desse privilégio feudal numa República como o é o Estado brasileiro.

O pior dos Poderes, em termos de espírito monárquico e antidemocrático, é o Poder Judiciário. Mesmo fora dos fóruns e tribunais, juízes, desembargadores e ministros esperam ser tratados como se nos seus cargos estivessem. Caso que repercutiu: juiz que entrou com ação contra o condomínio, exigindo o tratamento de "doutor". Porém, criticar sua pessoa, apenas, não é justo: ele foi levado a agir assim pela mentalidade dominante na sua instituição.

Problema: pessoas com "puder" receberem tratamento diferenciado na vida civil.

Não entendo um(a) fulano(a) com "puder" entrar numa loja, restaurante, bar (quando não são esnobes e ignorantes para ter preconceito contra esse tipo de estabelecimento), avião, ser tratado pelo seu cargo, com bajulação e deferência! Isso é de uma TREMENDA FALTA DE BOAS MANEIRAS do profissional que age assim, tratando o "poderoso" como se fosse "melhor", "mais digno", que os demais.

Vocês sabiam que as companhias aéreas dão tratamento PRIVILEGIADO a autoridades? Que um ministro de tribunal superior não entra no ônibus com todo mundo (quando há necessidade de tomá-lo, entre o portão de embarque e a aeronave)? Ele, com sua acompanhante, se houver, são transportados em vans, separados de todos os demais passageiros! Isso é I-NA-CEI-TÁ-VEL!

E, pior! Já vi um deles embarcando antes de todos os passageiros, que ficaram trancados no ônibus parado junto à aeronave, só para Sua Excelência e a primeira-dama embarcarem!

"Ah, mas é pela segurança..." Ora, apela-se para o argumento da "segurança" toda vez que se quer dar privilégio odioso, vantagem indevida, a alguém, por pura bajulação rasteira.

Em Brasília, testemunho quase que diariamente essa distorção de valores, que só prova a falta de classe e o TREMENDO DESPREPARO de quem bajula "otoridades". Não temos que cumprimentá-los abaixando a cabeça, nem tratá-los como se fossem melhores do que nós. E, se eles pretenderem isso, que vão cantar em outro terreiro.

O mesmo que disse sobre gente de "puder" vale para as ditas "celebridades", atores, atrizes, modelos, músicos famosos. É inaceitável o tratamento privilegiado que recebem em aviões, aeroportos, hotéis, bares, restaurantes, boates. Temos que passar a boicotar essa gente: se estivermos num lugar e virmos "otoridade" ou "cerebridade" recebendo tratamento privilegiado, levantemo-nos e saiamos do lugar, dizendo porquê.

Temos que jogar no lixo nosso complexo de súditos do imperador, pois o Império já era faz 122 anos; que entender que autoridades são tão povo quanto qualquer um de nós e não têm mais direitos, tampouco menos deveres, do que nenhum de nós! Temos que fazer uma mobilização nacional contra a exigência de que fiquemos de pé quando entram os magistrados numa audiência, numa sessão de tribunal, porque eles não são reis! Não são superiores a nós em nada! Temos que mandar para bem longe de nós o temor servil, pois o Estado Novo já era, e a Ditadura Militar, também. É uma tremenda VERGONHA que as práticas monárquicas que apontei sobrevivam, sobretudo depois de termos tido um Presidente operário! Aliás, nesse ponto, o PT foi e tem sido uma decepção. Uma das pessoas mais voltadas ao passado, mais apegadas às tradições autoritárias e monárquicas, mais apaixonadas pela pompa e circunstância do "puder" que vi por aqui é oriundo do partido.







Monday, November 21, 2011

Etiqueta sem Machismo

No texto "Senhoritas: Nunca Mais", discorri sobre a necessidade de abolição dessa forma de tratamento antiquada e discriminatória.
Quem não gosta de boas maneiras? Quem não quer aprendê-las?
Voltando ao tema, podemos observar o quanto há de resquícios machistas na chamada etiqueta.
Muito bem.
Quem mulher casada nunca teve o desprazer de receber um envelope destinado "ao Sr. e Sra. Fulano de Tal"?
Pois é. Uma professora de Língua Portuguesa, num "site" destinado a tirar dúvidas de nosso idioma, recomendava o uso de tal fórmula nos envelopes contendo convites de casamento.
Se ela soubesse o quanto tal "lição" OFENDE os direitos fundamentais das mulheres, ela certamente não a teria dado.
A mulher tem, à luz da Constituição da República, a mesma dignidade, sem discriminação (art. 3., IV) que o homem e direitos IGUAIS, ainda que casada (arts. 5., "caput" e inciso I, e 226, par. 5.). Isso significa que não só o Estado, mas também o conjunto da sociedade, devem pautar-se pelo mais ABSOLUTO respeito à igualdade entre os sexos e à dignidade da mulher, que não é menor do que a do homem não. Qualquer tratamento dirigido a uma mulher, que a DIMINUA perante um homem, é INCONSTITUCIONAL e ILEGAL, fere os seus direitos.
Quando uma mulher é chamada de "Sra. FulanO de Tal", ela é tratada como PROPRIEDADE do homem, como SER DESPERSONALIZADO, SEM NOME, de MENOR IMPORTÂNCIA que o seu marido, seu "dono" e "senhor".
Portanto, NUNCA se dirijam a uma mulher casada como "Sra. Fulano de Tal", pois A TRADIÇÃO E OS USOS E COSTUMES NÃO ESTÃO ACIMA DOS DIREITOS DE UMA PESSOA.
Ah, Simone Andréa, mas você quer mudar o mundo? Que importância isso tem, como a mulher é chamada? Isso é preocupação pequeno-burguesa, de madame que não tem coisa melhor para fazer! Você devia se preocupar com as mulheres pobres e vítimas de violência, as que foram abandonadas pelos homens com filhos pequenos, com as crianças sem pai...
Já ouvi muito esse discurso proto-esquerdista, de quem posa de bonzinho, principalmente de boazinha e, já que não tem preparo teórico, nem espírito crítico e muito menos argumentos sólidos para se contrapor ao que digo, veste a capinha de caridoso(a) e tenta fazer crer que sou alienada em relação aos "reais" problemas. O mal de muitas feministas de primeiras viagens é cair diante de tais adversários: sua nobreza e altruísmo impressionam.
Pois eu prossigo.
Pois bem. Como eu disse, a mulher, com o casamento, não deixa de ser Maria ou Clarice, ainda que adote o nome de família do marido.
A Constituição é clara: os direitos são iguais mesmo no casamento e o homem NÃO É MAIS O CHEFE da família. Esse costume de tratar a mulher casada como "Sra. Fulano de Tal" vem do tempo em que se forjaram as "senhoritas" e nos quais o homem era o chefe da família e a mulher devia-lhe obediência.
Portanto, "Sra. Fulano de Tal", NUNCA MAIS também. Quem insistir nessa fórmula, estará demonstrando sua falta de conhecimentos, além de desrespeitar a destinatária.
Outra atitude que deve ser evitada é chamar as jovens de "ô menina", "ô mocinha".
Há exceções? Sim. Já vi senhoras muito idosas dirigindo-se a mulheres jovens dessa maneira, mas em tom de doçura e amizade. No tempo em que elas foram criadas, isso era normal, elogioso, bonito.
Porém, essa abordagem, em tom imperativo, não pode ocorrer. Diminui e desmerece a mulher.
Em restaurantes, a etiqueta tradicional recomenda que o homem entre à frente da mulher, faça o pedido e pague a conta. E há quem recomende que ele acompanhe o pedido feito pela mulher.
Nada a ver.
Em primeiro lugar, conforme esclarece a Glória Kalil, essa tradição de o homem entrar à frente nos restaurantes vem do tempo em que cabia a ele verificar se o lugar era adequado para mulheres e crianças. A escritora, no seu livro mais recente, é clara no sentido de dizer que isso não mais se sustenta.
O homem fazer o pedido também não se justifica. A mulher não é alimentada por ele (espera-se que não). Além disso, ela tem boca e não é uma incapaz (também espera-se que não). O que a impede de falar com o garçom ou maitre ?
Já se vão os tempos em que a mulher não deveria falar com homens estranhos!
Quanto a pagar a conta, já há muitos manuais que recomendam o pagamento da conta por quem convida, ou a divisão da conta, independentemente do sexo das pessoas que comem juntas.
Certa vez, em Abril de 1997, convidei um homem para jantar comigo. Ele foi. Quando chegou a conta, eu, que tinha formulado o convite, quis pagar sozinha. Ele não deixou, insistiu na divisão meio a meio, argumentando, "é mais justo". Delicado, respeitoso, e sem nenhum resquício machista.
Mas e se o homem fizer questão?
Não é machismo, mas deferência. E pode ser sinal de que aí tem.
E abrir a porta do carro? O homem deve, pode ou nem pensar?
Não deve, mas pode.
Como assim?
Ele não tem essa obrigação só porque transporta uma mulher. Até porque, hoje em dia, os carros muitas vezes têm travas elétricas.
E o homem se oferecer para carregar a mala pesada da mulher?
Esse é o tipo de ajuda e de gentileza bem-vinda, independentemente, aliás, do sexo de quem a presta e de quem a recebe. Tanto faz um homem ajudar uma mulher, como a mulher ajudar um homem. Exemplo: se estou sentada no ônibus, chega um rapaz perto de mim, com uma pasta pesada, eu me ofereço para levar. E eles aceitam.
E o homem dar a preferência para a mulher passar a pé?
Também não precisa. Antigamente, eu era radical, relutava aceitar. Hoje, não. Eles querem dar? Eu aceito.
É engraçado que eles fazem isso a pé, já no trânsito, em geral, eles dão é bronca. Não gostam de ver uma menina, senhora ou tigresa competente ao volante.
Palavrão perto de mulher?
Não vejo problema, desde que eles aceitem e respeitem a mulher que fala os seus.
Penso que chegou a hora de desmistificarmos o palavrão. Conheço um homem que os fala o tempo todo, nove entre dez palavras. Seu primeiro elogio para mim: "você é f...", no aumentativo.
Dizer que a mulher é bonita é desmerecer seu trabalho ou intelecto? É sinal de que "aí tem"?
São duas generalizações radicais, perigosas e muitas, muitas vezes injustas.
Depende do contexto, como o do chefe que assedia a funcionária; o colega que assedia a colega; o visitante que dá em cima da anfitriã. Ou o comentário do tipo, "tão bonita, nem parece policial/juíza/médica/astrofísica".

Porém, uma frase isolada não quer dizer nada.
Quem não gosta de ouvir que é bonita?
Já ouvi que sou bonita de senhor idoso, há tempos atrás, em pleno exercício da minha profissão. Porém, ali só havia uma coisa: elogio respeitoso, sincero e espontâneo, sem nenhuma, nenhuma outra intenção que não a liberdade de manifestação de opinião que ele tinha todo o direito de expressar.
Aliás, tenho plena convicção de que todos nós, mulheres e homens, temos o direito de elogiar a beleza de indivíduo do sexo oposto.
Lembro, porém, que a etiqueta sem machismo deve fazer parte, também, da conduta profissional e empresarial.
Quando uma mulher chega só num hotel, bar ou restaurante, É DEVER DO ESTABELECIMENTO TRATÁ-LA COM TODO O RESPEITO, igual ao que trataria um casal ou família.
Digo isso porque tenho sentido na pele esse tipo de preconceito.
Aliás, duplas de mulheres também o sofrem.
E todo estabelecimento tem que treinar seus funcionários para chamarem todas as clientes de "senhoras", se a opção for pela formalidade, jamais de "senhoritas"!
É abominável a diferença de tratamento entre casais e famílias, de um lado, e mulheres, de outro. A primeira pessoa que me chamou a atenção para isso foi minha irmã, quando jantávamos numa pizzaria de Sorocaba, em 1992.
Ela tinha acabado de se casar. Saímos para um jantar "a duas". Lá pelas tantas, ela observou: "Você já reparou como eles (os garçons) tratam melhor os casais e as famílias? Mal nos atendem? Nem olham para nós? Temos que chamá-los? É um absurdo isso, não?"
Hoje, moro em Brasília, e observo o quanto esse preconceito, por aqui, é mais forte do que em São Paulo.
Aliás, observo, por aqui, traços de monarquismo no comportamento de muitos. Excesso de deferência com quem tem "puder". Tapete vermelho para eles nos lugares abertos ao público. Isso, para mim, está muito longe das boas maneiras, numa sociedade republicana e democrática.
Um bom tema: etiqueta numa sociedade democrática.


Para Ler e Amar

"Golpe de Misericórdia", da Marguerite Yourcenar. Uma mulher corajosa faz de tudo para conquistar o coração do seu amor durão. Segundo a própria editora, trata-se de um livro "denso e fulgurante".
"Como se Ensina a Ser Menina", de Montserrat Moreno (Ed. Unicamp e Ed. Moderna); "O Segundo Sexo" (Simone de Beauvoir, Nova Fronteira), "O Mito da Fragilidade" (Colette Dowling, Ed. Rosa dos Tempos), "Um Amor Conquistado" (Elisabeth Badinter), clássicos do Feminismo escritos por mulheres. Montserrat Moreno, num livro curto, explica o que o título da obra já diz. A de Beauvoir dispensa apresentações, mas atenção: a obra tem dois volumes e é muito densa. A tradução, do Sérgio Milliet, é excelente. "O Mito da Fragilidade" questiona até que ponto a mulher é fisicamente mais fraca do que o homem; a obra da Badinter discorre sobre o mito do amor materno, sobretudo põe em cheque o padrão abnegado e sacrificial de maternidade que nos constrange. E, o que é muito interessante: mostra que a ditadura da amamentação vem do séc. XVIII e que interesses ela serve.
"The Subjection of Women", do Stuart Mill: clássico do Feminismo escrito por um homem muito à frente de seus pares e do seu tempo.
"Sonetos", da Florbela Espanca (Bertrand Brasil): alguém como ela devia falar, em versos, sobre os amores de todas nós.
"Além da Maternidade", de Jeanne Safer (Mandarim).
"Mulheres que Correm Com os Lobos", da Clarissa Pinkola Estés (Rocco): Psicologia e literatura de primeira, sem nenhuma concessão à auto-ajuda fajuta, manipuladora e de massas. A Clarissa escreveu uma obra de 576 páginas (fora as notas de fim), que simplesmente devorei.
"100 Mulheres que Mudaram a História do Mundo", de Gail Meyer Rolka (Prestígio Editorial): um bom guia para conhecer algumas mulheres que não foram esquecidas.
"Women At War 1939-1945 - The Home Front", de Carol Harris (Sutton Publishing): o que as inglesas fizeram na II Guerra Mundial.
"O Amante", de Marguerite Duras: uma menina que ousou amar.
"O Diário de Anne Frank": uma menina que ousou sonhar.
"Demian", de Herman Hesse: "Para nascer é preciso destruir um mundo" (palavras do autor).
"Narciso e Goldmund", também do Herman Hesse.
"Teia", de Orides Fontela (Geração Editorial): uma poeta que deixou saudades.