Não amamente se você não quer.
Você não tem obrigação de amamentar, muito menos por 6 meses, um, dois anos.
Não importa o que o médico diga, a Organização Mundial da Saúde, o marido, companheiro, pai da criança, a família, a TV, as amigas, a sociedade, você NÃO TEM OBRIGAÇÃO de amamentar.
Amamentar não é um "ato de amor". Quem diz isso faz chantagem, como quem diz, "se a mãe não amamenta, não ama".
Amamentar deveria ser um ato de escolha. Escolha totalmente livre da mulher.
Aleitamento JAMAIS deveria ser política de Estado, como é no Brasil. Aqui, o Ministério da Saúde, o SUS, e celebridades cretinas pregam a mulher-vaca, a mulher-gado, a mãe subordinada às bocas infantis.
A OMS, a própria ONU ditam o modelo de mulher vaca leiteira, reduzem a mulher a gado leiteiro, a um reles meio para o fim de alimentar crianças.
Nunca aceitei o modelo abnegado e sacrificial de maternidade, em que a mulher deixa de ser gente ao se tornar mãe, e ao se tornar mãe ela perde seu direito à liberdade, ao trabalho, à igualdade, à individualidade. Nesse modelo, ao se tornar mãe, a mulher tem que colocar a criança acima de si mesma, afundando numa armadilha de sujeição.
Uma banana para essa porcaria de "Agosto Dourado"! A individualidade, o colocar-se em primeiro lugar na própria vida são expressões do direito à vida. São faces da condição humana, acima de qualquer tesouro, de qualquer badulaque dourado.
Não amamente se você não quer, e você tem, sim, direito de não querer fazê-lo.
Mais: se você está esperando bebê, antes de escolher médico(a), hospital, escolha alguém que não venha para cima de você com essa ditadura da amamentação. Essa pessoa não lhe fará nada bem. E mais: fuja do tal "Hospital Amigo da Criança". Nesse tipo de estabelecimento, a enfermagem vai coagi-la a amamentar, mesmo depois de um parto difícil, de uma cesárea, se você não quiser, ou (e é muito frequente...) o bebê não quiser! E se o bebê não quiser vão deixá-lo sem comer, pondo em risco a vida da criança!
Pense nisso.